quinta-feira, 5 de maio de 2011

"Ator precisa da TV para ser reconhecido", diz Marcello Novaes


Foto: AgNews

O ator Marcello Novaes, que vive o personagem Quiquiqui em "Cordel Encantado", fez questão de ver de perto a recuperação de Duda Ribeiro, que realizou um transplante após sofrer com um câncer de fígado. Novaes esteve nessa quarta-feira (4) no Hipódromo Bar, Baixo-Gávea, zona Sul do Rio, para assistir ao stand-up comedy "O Enviado – Observando Geral". "É muito bom poder ver meu amigo bem. Ele já recuperou o peso, está mesmo saudável", avalia.

Marcello fala da admiração que tem por Duda, pela sua dedicação ao trabalho. "Ele chegou onde está com muito esforço. Não é fácil ser ator de teatro. É uma profissão difícil, mas ele conseguiu tornar fácil, com tanto talento", diz o ator, em tom carinhoso. "Eu também vim do teatro. Mas, no Brasil, o ator precisa estar na televisão para ser reconhecido", desabafa. "Hoje estou seguro na carreira, mas nem sempre foi assim", revela. Ele compara a profissão de ator com a de um esportista, com relação à dedicação, e a dificuldade em ficar entre os primeiros.

Ciente da realidade artística, Marcello agora precisa apoiar os filhos, que também têm uma queda pela arte. "Meus filhos são artistas, não posso negar. Mas tem hora pra tudo na vida", diz. Seu filho mais velho, Diogo, de 16 anos toca violão e guitarra. "Ele já fez algumas participações em filme, programa especial. Mas, ainda é muito novo para fazer novela", veta. Seu caçula Pedro, 14, fruto de sua união com Letícia Spiller, também gosta de música, e toca bateria e percussão. "Acho que criança tem que estudar, fazer esporte, ter um hobby. Só com estudo completo apoio outra atividade que tome mais tempo", garante.

Na madrugada do domingo (1), o ator foi parado numa blitz da lei seca, na autoestrada Lagoa-Barra. Marcello teve sua carteira de motorista apreendida e teve que pagar multa de quase R$ 1 mil. "Eu tomei duas taças de vinho, três horas antes de ser parado. Estava bem", afirma. "Sou à favor da lei seca, mas sou contra a tolerância zero", reivindica. Para ele a lei é muito severa, e deveria ter alguma flexibilidade. "Na hora fiquei chateado. Mas, agora já passou", finaliza.